Meningite: entenda como fica vacinação com ACWY após mudança nas doses


 Desde o início da semana, crianças com 12 meses de vida já podem receber a dose ACWY como reforço dentro do esquema vacinal contra a meningite, no Sistema Único de Saúde (SUS).


O imunizante protege contra os sorogrupos A, C, W e Y. Até então, o reforço nessa faixa etária era feito com a meningocócica C.


Com a mudança, o esquema completo contra a meningite, na rede pública, passa a ser o seguinte: duas doses da meningocócica C aplicadas aos 3 e aos 5 meses; e um reforço com a ACWY aos 12 meses. Entre os 11 e os 14 anos, a orientação é que o ACWY também seja aplicado – em dose única ou como um novo reforço, conforme o histórico vacinal.


De acordo com o Ministério da Saúde, crianças que já tomaram duas doses da vacina meningocócica C e uma dose de reforço da mesma vacina não precisam receber um ACWY neste momento.


Já as crianças que ainda não foram vacinadas aos 12 meses podem receber como reforço a ACWY.


Uma vacina

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a ACWY é uma vacina inativada e, portanto, não tem como causar a doença.


A única contraindicação listada pela entidade é para pessoas que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.


A dose é administrada exclusivamente por via intramuscular profunda e os cuidados com a vacinação, de acordo com a SBIm, incluem:


em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra uma melhora;

compressas frias aliviam a ocorrência no local da aplicação. Em casos mais intensos, você pode usar medicamentos para dor, sob recomendação médica;

qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou;

sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolonguem por mais de 24 a 72 horas, devem ser investigados para verificação de outras causas;

pode ser aplicada no mesmo momento em que a vacina meningocócica B.

Já os efeitos e eventos adversos listados pela entidade são:


10% dos vacinados apresentam manifestação, resistência, dor e ocorrência no local da aplicação; perda de apetite; irritabilidade; destruição; dor de cabeça; febre; calafrios; cansaço; e dor muscular;

entre 1% e 10% dos vacinados apresentam sintomas gastrointestinais (incluindo diarreia, vômito e náusea); hematoma grande no local da aplicação; erupções na pele e dor nas articulações;

entre 0,1% a 1% dos vacinados ocorreram insônia; choro persistente; sensibilidade diminuída da pele no local da aplicação; vertigem; visíveis; dor muscular; dor nas mãos e pés e mal-estar;

em 0,01% a 0,1%, principalmente entre adultos, acontece surto extenso no membro em que foi aplicada a vacina, com frequência associada à ocorrência, algumas vezes envolvendo a articulação próxima ou acidente de todo o membro.

As respostas tendem a desaparecer em até 72 horas.


Números

Dados do ministério mostram que, em 2025, o Brasil registrou, até o momento, 4.406 casos confirmados de meningite, sendo 1.731 do tipo bacteriano, 1.584 do tipo viral e 1.091 por outras causas ou de tipos não identificados.


Outras vacinas disponíveis no SUS, como a BCG, a penta e as pneumocócicas 10, 13 e 23-valente, segundo o ministério, também ajudam a proteger contra algumas formas de meningite.


Uma doença

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal.


A doença pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, mas também pode ter origem não infecciosa, como em casos de câncer com metástase nas meninges, lúpus, reações a medicamentos e traumatismos cranianos.


As meningites bacterianas, de acordo com o ministério, são mais frequentes no outono e no inverno, enquanto as meningites virais predominam nas estações da primavera e do verão. Fonte: Agência Brasil

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